20 setembro 2020

Qual teu envolvimento com a obra missionária?

Base Lc 10.30-35


Diante desta parábola de Jesus ao qual lemos, vamos traçar um paralelo com uma aplicação prática do engajamento da igreja local (incluindo você!) com a obra missionária e salvação de almas, onde quero trazer à nossa reflexão qual tem sido o nosso nível de envolvimento com missões ou com a busca das almas perdidas no pecado.


O Senhor Jesus cita na parábola, a princípio, dois importantes representantes da Lei de Moisés – os sacerdotes e os levitas – que deveriam ser exemplos ao povo no amor e na misericórdia para com o próximo, mas que, diante de um homem caído no chão, ferido e quase morto após ter caído nas mãos dos salteadores, fizeram pouco caso dele, passando de largo. Se eles perceberam que aquele homem estava ferido e quase morto à beira do caminho precisando de socorro urgente, e que a ordenança da Lei era prestar socorro, por que então não fizeram nada? Boa pergunta! A mesma pergunta eu faço para aqueles que sabem das necessidades da obra missionária, que sabe que existem pessoas necessitadas de ouvir a palavra de Deus, mas que nada fazem de prático! Fingem não ser com elas com quem estamos falando e passam de largo, ou seja, não querem NENHUM envolvimento com missões. Engajamento zero!


No caso do sacerdote e do levita, eles sabiam que a lei os orientava a socorrer aquele homem caído e não fizeram nada. Assim são uma grande parte dos crentes nas igrejas, tão cansados de ouvir que precisamos orar por missões, que precisamos evangelizar as pessoas e que precisamos contribuir com o mantimento dos missionários. Todo santo mês é falado a mesma coisa, o crente sabe disso, olha pra cima pensando "...tá falando nisso de novo, já não falou no mês passado?" mas não põe em prática, não ora, não testemunha de Cristo pras pessoas e não contribui financeiramente. Tudo que se fala aqui entra por um ouvido e sai pelo outro.


No v.33, Jesus introduz na cena da parábola outro personagem, com atitudes bem diferentes: "...um samaritano que ia de viagem por aquele caminho encontrou aquele homem caído e ficou com muita pena dele...". Este é o segundo nível de envolvimento com missões: O envolvimento sentimental. Aqui nota-se ao menos interesse, a compaixão pela necessidade da obra missionária e pelas almas sem salvação mas ainda não há uma ação concreta no sentido de fazer algo. Não basta ao crente apenas sentir compaixão pelas almas, orar por elas ou se emocionar com as imagens que são mostradas nos cultos de missões e depois ficar por isso mesmo! Se este sentimento não resultar em atitudes práticas em favor da obra, não vai passar de mera demagogia.


No v.34 vemos agora uma atitude prática do bom samaritano em limpar e enfaixar as feridas daquele homem quase morto. Além disso, o samaritano colocou aquele judeu no seu próprio animal de carga onde o levou para um lugar seguro para então poder cuidar melhor dele. Portanto, vemos agora o terceiro nível de envolvimento com missões: o envolvimento espiritual, agora marcado por um maior comprometimento em testemunhar de Cristo, levar o bálsamo do Espírito Santo às almas feridas pelo pecado. Este envolvimento requer que cada crente tenha azeite (unção e poder do Espírito Santo pra sair em busca das almas) e vinho (alegria e prazer em socorrê-las), além da disposição de usarem suas próprias “cavalgaduras” (doação) em favor da obra, ou seja, esforçar-se em prol da evangelização.


No v.35 o samaritano entrega duas moedas de prata ao dono da pensão pedindo para que continuasse tomando conta daquele homem ferido caso precisasse de mais dinheiro ele passaria lá depois e faria o acerto de contas. Percebe-se agora o quarto nível de envolvimento que é muito importante para o resgate e o cuidado das almas feridas: colocando a mão no bolso! Tão importante como orar e evangelizar, se quisermos ver as almas se rendendo a Cristo Jesus precisamos também contribuir financeiramente com missões.


Nós temos uma facilidade enorme em assumir um compromisso com as casas Bahia de pagar um móvel ou eletrodoméstico em 36x, que talvez após cinco anos não vai servir pra mais nada, mas temos grande dificuldade em assumir um compromisso com o Senhor e passar pelo menos 1 ano contribuindo fielmente todo mês com a obra cujos resultados não duram apenas cinco anos, mas que são eternas, porque empenhar dinheiro com missões é investir financeiramente para tirar almas do inferno! O samaritano da parábola também se envolveu financeiramente com aquela alma ferida! 


Portanto, todo crente em Jesus e toda igreja local precisa envolver-se com missões de uma forma mais prática. Você já sabe o que precisa fazer, agora é hora de AGIR! Se você além de saber, sente pena da situação das almas feridas no pecado ou percebe que obra missionária necessita avançar, é chegado o momento de sair dessa zona de conforto e fazer algo na prática e não só com sentimentalismo, mas se você já se lança na batalha espiritual em favor dos perdidos seja nas orações, consagrando e evangelizando saiba você que você está no caminho certo, cumprindo o Ide de Cristo, mas se puder, se tiver condição, esteja também disposto a se envolver financeiramente com a manutenção da obra missionária!


Diante de tudo isso que você leu até aqui, qual é o seu nível de envolvimento com a obra missionária? Que você possa refletir e mudar sua atitude, não pra agradar ao seu pastor ou ao líder de míssões da sua congregação, mas agradar o Dono desta obra - a obra missionária!

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